Provavelmente você ouviu falar sobre Pokémon Go nas últimas semanas, não é mesmo?
O sucesso do novo jogo não é à toa. A grande franquia de games e desenhos animados trouxe para a realidade o sonho de muitas crianças dos anos 90: a possibilidade de capturar Pokémons.
Mas, se você não foi criança na década retrasada ou conviveu com uma, nós ajudamos a lembrar do que se trata.
Pokémon chegou ao Brasil no fim da década de 90, quando começou a passar na programação matinal da emissora Record. Desde então, os brasileiros também compartilham da febre mundial.
Mas a história dos monstrinhos é bem mais longa. Vem de 1996, para sermos mais precisos. Eles surgiram em jogos para o console portátil de games, fabricado pela já famosa Nintendo, chamado Game Boy.
Com o sucesso dos jogos, aí sim surgiram outros (milhares de) produtos, como jogos de cartas colecionáveis, o próprio desenho animado, filmes, entre outros.
Os servidores brasileiros do aplicativo já estão liberados para uso. Isso quer dizer que você pode sair às ruas para capturar monstrinhos.
Assim como nos outros jogos e produtos da franquia, o Pokémon Go se baseia no sistema de captura e evolução de Pokémons. Para isso, é utilizada a tecnologia de realidade aumentada.
Em realidade aumentada, é possível que objetos do mundo virtual interajam com objetos do meio físico através de uma tela.
No modo mais simples de jogar Pokémon Go, você caça Pokémons apontando o smartphone em diversas direções utilizando a RA para enxergá-los na tela do celular. Para isso, recursos de geolocalização via GPS são usados.
Ao avistar um Poké, você precisará prender seu monstrinho na Pokébola armazenada no smartphone.
Para entender melhor como funciona o jogo, você pode assistir ao vídeo de game play do canal Coisa de Nerd.
Muito já se tem noticiado sobre estabelecimentos comerciais que estão se beneficiando dos clientes que os Pokémons vêm atraindo para as ruas das grandes cidades.
Esse é o ponto que justamente vem sendo destacado como positivo: tirar as pessoas de dentro de casa e levá-las às ruas. E não são poucas pessoas.
Em algumas semanas depois do lançamento em países selecionados, o app já registra mais de 100 milhões de downloads, sendo também o aplicativo a chegar mais rápido à marca de 50 milhões de downloads.
O jogo “está” em todos os lugares. Desde praças, parques, ruas até prédios e esculturas podem abrigar Pokéstops (lugar onde o jogador pode ganhar alguns itens do jogo) e Ginásios (locais onde Pokés são treinados para evoluir).
Aí entram as organizações do terceiro setor.
Para as organizações que dependem de visitantes, como museus, aquários, teatro, galerias de arte, etc., a presença dos Pokémons pode ser um atrativo para que mais pessoas cheguem até você.
Aí está um novo incentivo para visitar a sua instituição ou até mesmo mais uma forma de fazer sua instituição ser conhecida por quem vem até você.
O Museu Estatal de Indiana (EUA) enviou para sua lista de contatos um e-mail incentivando-os para que fossem até lá caçar Pokémons.
Outro museu a chamar os jogadores foi Museu do Descobrimento Boonshoft. Este escolheu o Facebook para divulgar seus Pokés.
Teve também o Teatro da 5ª Avenida lembrando seus seguidores de que no prédio deles fica uma Pokéstop.
E, mesmo que não haja Pokémons por perto ou Ginásios ou Pokéstops, o aplicativo ainda oferece alguns itens que incentivam o aparecimento deles (mas você terá que pagar por isso).
Há também outros tipos de ideias pairando no ar. Além de aproveitar a mecânica do jogo em si, é possível também utilizar o conceito para promover causas que não necessariamente precisam de visitas em localizações físicas.
Com o jogo chegando oficialmente às terras tupiniquins, podemos nos espelhar no que já está acontecendo no exterior e como podemos aproveitar tudo isso por aqui.
O que se viu até agora por parte de organizações sem fins lucrativos:
Há ainda o exemplo de uma organização que cuida de animais perdidos incentivando que os jogadores os avisem quando avistarem animais desacompanhados.
Outro aplicativo que faz doações em troca de atividades físicas dos usuários também entrou na onda e chamou todos os Poké Players para um desafio. Além de gerarem as doações por meio das caminhadas de caçada a Pokémons, quando tiram prints das telas com Pokémons e compartilham nas redes sociais, os usuários entram em um sorteio para ganhar uma camiseta temática do app.
Ou seja, temos certeza de que ideias brilhantes não faltarão às instituições brasileiras e veremos aqui também muitos casos de sucesso do uso do jogo para organizações do terceiro setor.
Não é bacana poder transformar uma brincadeira em algo benéfico para a sociedade?